domingo, 22 de março de 2015

O legado de um lutador

                Normalmente, um legado designa qualquer coisa que passa de geração em geração. Uma espécie de testamento. O legado que vou referir agora é um pouco diferente do que estamos habituados a ouvir falar.

                Este legado vem de várias partes da família, propriamente do meu avô e do meu tio. Tem a ver com o talento para jogar andebol. E acreditem: só estarei satisfeito quando atingir ou superar o patamar alcançado pelos dois,

                Tudo começou há 8/9 anos, quando o meu avô me incentivou para começar a treinar e mesmo jogar. Só por diversão, para descontrair um pouco. Ainda era muito pequeno, muito novo. No meu primeiro e segundo ano a jogar ainda levei aquilo na desportiva, mas à medida que fui evoluindo e melhorando meti a diversão de lado de tal modo que só ganhar é que me fazia feliz ao ponto de celebrar as vitórias e chorar as derrotas. Como se costuma dizer, “a prática faz a perfeição”, e foi isso que aconteceu. Treinei dia e noite. Sempre que podia. Isso valeu me a braçadeira de capitão e o respeito de todos por me ter tornado o melhor jogador da minha equipa. Fazia o triplo dos golos que fazia no início, jogava muito mais. Tinha mais força, mais agilidade e velocidade. Achava que não podia acontecer nada de mal, até ao dia em que…parti a perna num jogo. Pensava que era o fim de tudo pelo que tinha lutado até ao momento. Pensava que a minha “carreira” tinha acabado. Fui operado e fiquei 5/6 meses sem jogar. Mas voltei, e ao chegar tive a proposta da equipa de seniores para jogar com eles. Fui o único da minha equipa antiga que foi escolhido para jogar a lado deles. Era o único, segundo eles, que evoluiria a olhos vistos.

                O que aconteceu aqui foi que nunca desisti, dei sempre o meu melhor e agora tive a recompensa pelo meu esforço. Pode se dizer que uma parte do legado está completa; agora…conseguirei cumprir a outra parte? Só o tempo e muito treino o poderão dizer

 



Hugo Rosado (23/1/015

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