quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Ruinas

   Vejo os dias a passar. E não consigo ver como a minha história irá acabar. Olho no meu interior em busca de respostas mas apenas vejo monstros do meu presente e fantasmas do meu passado devido a todos os erros que cometi.
   Estou devastado, este meu mundo repleto de sofrimento. Tu sorris e olhas para mim, mas na verdade não percebes nada do que se passa.
   Magoado e partido como estou tento arranjar forças para me levantar. A verdade passa me á frente dos olhos e danifica me mais e fico congelado. Completamente petrificado ao ouvi la. Eu era inquebrável. Agora quebrei me. Eu era inabalável. Agr parece que a mais ínfima coisa me derruba. Isto tudo desde que te encontrei. 
   Neste mundo completamente distorcido eu próprio estou a começar a desaparecer. Não me procures quando isso acontecer. Apenas fecha os olhos ou tenta desvia o olhar. Não quero sofrer mais. 
   A verdade é que vivemos num mudo que alguém imaginou e criou. E nesse mundo apenas o meu fantasma andará por aí. O resto será levado com o vento. Quando isso acontecer lembra te apenas do meu coração e do quão brilhante ele costumava ser.
   Preso na solidão, vejo as minhas memórias. Memórias do teu sorriso que me desfazem por já cá não o ter. Uma dor que se espalho pelo meu "eu" todo. Não me consigo mexer, fecho os olhos porque não quero ver as ruinas em que o meu mundo está. Com a respiração cada vez mais acelerada repara que estou paralisado. O meu mundo está a desabar. 
   Não sou o que em tempos fui. Agora sou como uma infeção. Uma infeção que se vai destruindo com o tempo. Agora, com o tempo, o meu coração com foi perdendo o brilho. 
   Conseguem me dizer… conseguem me explicar este monstro no meu coração. 
   Olho á minha volta. Agora não sobra nada.


Hugo Rosado
(17/08/018)



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